VENI VIDI LEGI - VIM, VI, LI!
Nessa seção buscaremos iniciar o estudante, em especial os menos avançados, nas leituras de livros consagrados entre toda a literatura latina. Para isso, faremos uma lista com os livros que mais influenciaram o período clássico e medieval, assim como os textos e orações mais conhecidos da Igreja Católica.
Além disso, oferecemos um resumo de cada uma dessas obras, com uma seleção nossa de trechos relevantes nelas encontrados.
Por fim, coletamos provérbios populares, encontrados nesse corpus literário ou de origem folclórica desconhecida, de forma temática: provérbios sobre o amor, sobre o dinheiro, sobre a música, sobre a comunicação e a fala, entre muitos outros temas!
Para o principal portal de textos da literatura latina, o LATIN LIBRARY, e portanto para acompanhar o original nos nossos estudos, clique AQUI.
Aqui se segue uma breve descrição da língua latina que acompanhava lado a lado a literatura a qual nós iremos nos dedicar!
A descrição é tirada diretamente do Blog "Tópicos de Latinidade":
LATIM ARCAICO, desde sua formação no século VIII a.C. até a helenização de Roma, no século II a.C. Os autores mais relevantes deste período foram: Ápio Cláudio, Lívio Andrônico, Ênio, Plauto e Terêncio.
LATIM CLÁSSICO, é o latim literário, padronizado, estilizado, criado pela elite cultural romana a partir do latim coloquial, o latim do dia a dia. Este período vai do século I a.C. ao século I d.C., período este chamado de Idade de Ouro das letras latinas cujos autores mais destacados foram: Cícero, Júlio César, Tito Lívio, Virgílio, Horácio, Catulo e Ovídio.
LATIM PÓS-CLÁSSICO, é a língua falada que vai se afastando progressivamente da língua padronizada, do latim clássico, conservado na escola e na literatura. É deste distanciamento crescente que nascerão, mais tarde, as línguas românicas - o português, o espanhol, o italiano, o francês, o romeno. Este latim é confundido com o latim imperial e decadente indo do século II ao III d.C., e os principais autores deste período foram: Fedro, Sêneca, Plínio o Velho, Petrônio, Pérsio, Quintiliano, Lucano, Marcial, Estácio, Tácito, Plínio o Jovem, Suetônio, Juvenal, Aulo Gélio e Apuleio.
LATIM TARDIO, é o usado pelos Padres da Igreja - teólogos e mestres cristãos que formularam a Doutrina Cristã do século II ao século VII. Estes começaram a escrever num latim mais polido, literário, abandonando, assim, o latim vulgar usado pelos primeiros cristãos. Os mais expressivos foram: Tertuliano, São Jerônimo e Santo Agostinho.
LATIM MEDIEVAL, é o usado no período da Idade Média, do século V ao século XV d.C. Este latim abrange o latim cartorial, parte do latim científico, ao latim eclesiástico e ao escolástico.
LATIM RENASCENTISTA, é a língua usada no Renascimento, de fins do século XV a meados do XVI. Os humanistas deste período voltaram-se para a Antiguidade Clássica e, por isso, a língua latina volta à tona na sua padronização clássica, estilizada. Os autores mais destacados foram: Petrarca, Erasmo de Roterdã, Luis Vives, Antônio de Nebrija e muitos outros, incluindo mesmo Martinho Lutero, promotor da Reforma Protestante.
LATIM CIENTÍFICO, é a língua que sobreviveu em escritores cientistas até o século XVIII, tais como René Descartes, Isaac Newton, Baruch Spinoza, Leibniz e Kant, que escreveram algumas de suas obras na língua do Lácio.